25.5.15

Cunha pede que ministro do STF acompanhe depoimento de delator

A defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu que o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, esteja presente em futuros depoimentos do delator Julio Camargo, da Toyo Setal.



O documento, a que a Folha teve acesso, é uma reação às notícias de que o acordo de delação premiada de Camargo com a força-tarefa da operação que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras pode ser anulado porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desconfia que o executivo possa ter mentido para proteger Cunha.

Na petição, protocolada nesta segunda-feira (25), os advogados de Cunha requerem que seja oficiado o procurador-geral para que ele informe data, local e participantes de eventuais reuniões e oitivas já realizadas com Camargo no âmbito do Ministério Público e que ''eventuais futuras reuniões ou oitivas sejam feitas perante Vossa Excelência, sendo a defesa do peticionante intimada para se fazer presente ao ato''.
O doleiro Alberto Youssef disse, em delação premiada no começo do ano, que o executivo foi pressionado por Cunha a pagar propina a ele e a outros políticos do PMDB. Camargo negou as informações aos investigadores.